domingo, 6 de novembro de 2011

Relato de Experiência do trabalho com o projeto Sustentabilidade: Nosso Espaço Biodiverso: plantas

Nosso Espaço Biodiverso: Plantas

RELATÓRIO DAS AÇÕES DO PROJETO

           
            O nosso tema partiu de uma proposta de anos anteriores (2009/2010) quando o CDT/UnB propôs aos professores do CED Vale do Amanhecer a realização do projeto “A Horta Escolar como Tecnologia Social”, cujo apoio seria dado pelo referido centro através de formação dos profissionais que se dispusessem a trabalhar com a horta e também durante um ano a escola receberia apoio material. O trabalho proposto não consistia apenas em colocar o aluno para plantar, visava trabalhar amplamente questões ambientais, incentivar a alimentação saudável e também dinamizar o conteúdo. Isso deveria ser um trabalho para a escola inteira, para todas as turmas. Porém apesar da maioria dos professores acharem a proposta interessante, não aderiram à ideia, porque era um trabalho que tinha um curso de formação na escola  uma vez por semana (um profissional trazia a discussão sobre meio ambiente, outro discutia a dinamização do currículo através da horta, um nutricionista que discutia alimentação, e um técnico agrícola) , e isso “tirava” o tempo de coordenar. Então depois de um ano, eu, a professora de Língua Portuguesa, estava encantada com as plantas e, percebia que havia estudantes que gostavam também, talvez até como uma forma de fugir um pouco do ambiente rotineiro da sala de aula. E valorizar as plantas, inclui todo o respeito pelo meio ambiente. Então era chegada a hora de conhecer para respeitar e melhorar a natureza.
           
            Tema: Nosso Espaço Biodiverso – Plantas

            Público Alvo: As quatro turmas de oitavas séries do matutino. Embora a fase final, incluiu-se a 5ª G da tarde, e intensificaram-se as ações apenas para a 8ª B, que foram as duas turmas responsáveis pela exposição no stand sobre o tema.

            Estratégias e ações – Com e sem o uso das Novas Tecnologias

            Quando foi pensado em expor um projeto ambiental para os estudantes, foi explanado sobre vários conceitos partindo do princípio de primeiro conhecer, para depois pelo menos “simpatizar” com a ideia, só então começar as ações. Isso foi feito através do uso de slides, principalmente falando sobre “O que é uma Horta Orgânica, necessidade da biodiversidade nesse tipo de plantio (ervas medicinais, flores amarelas, espécies diversas), formação de consórcios de plantas, controle de pragas,  e temas relacionados a degradação ambiental.
            Outra estratégia/ação ainda voltada para a teoria foi u uso de textos impressos para serem discutidos pelas turmas sobre os temas acima citados (apostila sobre como implantar uma horta, poema “A horta” de Rubem Alves, etc).
            Em poucos momentos foi usada a internet como fonte de pesquisa, pois há uma dificuldade em usar o laboratório da escola, pois não tem pessoal de apoio, e muitas vezes os microcomputadores apresentam problemas, não dando para uma turma inteira usar.
Um texto lido foi “Os cabeças-sujas e seu mundinho” e amplamente discutido em sala de aula (sobre lixo) o qual pode ser encontrado no site, apesar de que saiu na Revista Veja. Um outro texto consultado também foi “Guia da Horta Orgânica“, aliás, esse texto oferece uma noção geral sobre o assunto de forma simples e descomplicada. E as imagens sobre a biodiversidade vegetal, essas são uma beleza, um colírio. È bom lembrar que basta colocar no Google o título “Horta Orgânica” que os resultados são quase sempre maravilhosos, pois o tema é excelente, é encantador.
Os estudantes pesquisaram ainda sobre composteira e minhocário, embora na prática apenas  duas turmas concretizaram  essa etapa, a 8ª D e a 4ª A, que foi a construção do minhocasa e criação  desses espaços na escola visando a redução de lixo e produção de adubo orgânico que pode ser utilizado na horta (orientados por outros professores que assumiram em decorrência da realização da I Feira de Ciências do CED Vale do Amanhecer – que aliás foi um sucesso para os participantes em todas as stands).
Foram feitas discussões de texto para conscientizar sobre ambiente limpo, em algumas visitas ao espaço da horta, alguns grupos faziam a limpeza do ambiente, mas o ponto culminante da prática mesmo  foi desenvolvido pela 8ª C e 5ª H, quando eles encenaram o poema “O lixo” que abre um questionamento se o lixo    de uma pessoa ainda é de propriedade dela ou é de domínio público quando é jogado na lixeira.
Outro assunto de fundamental importância que foi bastante discutido nas quatro oitavas séries foi “A Água”, porém apenas a 8ª A concretizou a parte prática, apresentando o processo de reaproveitamento da mesma, como captação de águas da chuva. Mas o experimento focou mesmo foi na filtragem e purificação de água usada, apresentando material concreto e uma explicação muito convincente.
 Todos os trabalhos concretizados pelas oitavas séries foram de primeira qualidade, mas veja que todos são ligados ao “Nosso Espaço Biodiverso: Plantas”.
            Um outro momento que foi usado o laboratório de informática, foi na digitação de textos previamente produzidos, e olha que tiveram textos maravilhosos, prova disso é o poema “Natureza” que expressou muito bem o tema desenvolvido pelos alunos da 8ª B e 5ª G: “Nosso Espaço Biodiverso: Plantas”. Além desse texto que está no blog, e tantos outros que ainda não foram publicados, também houve a produção de uma peça “O Mundo precisa de Ajuda” escrita por uma estudante com sugestões de um grupo de colegas, e que foi encenada com muita dedicação na I Feira de Ciência do CED Vale do Amanhecer, tendo como personagens os alunos da 8ª B, com orientação e ajuda na confecção das roupas e cenário da professora Janaína Miguel e sua mãe.
Registro aqui que todos os trabalhos da Feira de Ciências estavam excelentes, graças ao empenho dos estudantes, professores e direção que não mediram esforços para que o evento fosse um sucesso (e olha que envolveu a escola inteira, cada sala com um tema diferente sobre sustentabilidade). Teoria e prática aconteceram usando o máximo de materiais concretos e recursos possíveis, inclusive nesse ponto muitas salas usaram vídeos, músicas, data-show, etc. Quero citar aqui, que nesse último parágrafo não me refiro apenas ao trabalho que orientei e, sim a um contexto maior que foi desenvolvido pela escola inteira, que teve como tema geral “Sustentabilidade”, do qual o projeto da 8ª B e 5ª G é parte.
                       


             

Natureza (poema produzido pela estudante do CED Vale do Amanhecer)

Natureza


A mais bela natureza
Foi o que vi naquele paraíso
Observei aquela grandeza
E logo dei um sorriso.

Fiquei muito feliz
Por estar naquele lugar
A sintonia era incrível
Comecei a relaxar.

Olhava os animais
E todas aquelas flores
As plantas, a água e o ar
Eu adorava aquelas cores!

Me sentei em uma pedra
Queria curtir a natureza
Cuidar do meio ambiente
Preservar aquela beleza.

Apesar de já cuidar
Temos que agir
Agindo com consciência
Para nunca desistir.

E foi assim que eu fiz
O meu plano reconstrução
Cuidando da natureza
E também do coração!

                       
                   Clara Nicolle

Uso das Novas Tecnologias na Escola (portfólio)

Uso das Novas Tecnologias na Escola

            Participar do Curso Proinfo 180, é um motivo a mais para querer diversificar as nossas formas, o nosso jeito de ser profissionais da educação. O tradicionalismo há muito tempo que não é atrativo nas escolas, e sabemos que uma grande parte dos nossos estudantes já tem acesso às novas tecnologias, e se não têm, sonham com isso. Então que bom seria o sistema de ensino oferecer isso, e os professores ainda tirarem proveito desses recursos para melhorar o planejamento pedagógico.
            Na realidade muitos obstáculos são encontrados quando tentamos colocar o que aprendemos em prática na escola. Desde a falta de auxiliares nos laboratórios de informática até a nossa falta de preparo e falta de conhecimento sobre o funcionamento dos microcomputadores, que a todo o momento apresenta problemas operacionais que não conseguimos resolver, e que vai reduzindo cada vez mais o número de máquinas disponíveis para o uso, prejudicando assim o planejamento feito, só sendo possível o “conserto” quando algum funcionário com essa habilidade é disponibilizado pelo NTE, o que é coisa rara, pois são pouquíssimos profissionais nessa área na GRE, deveria ser pelo menos um técnico por escola, para que todos os professores fossem motivados e se sentissem seguros em planejar suas aulas usando essas tecnologias.  É claro que só isso não bastaria, seriam necessários cursos amplos abrangendo a formação de todos os professores da escola, de preferência de forma insistente dentro da própria instituição escolar, porque é percebido que há uma grande resistência no uso desses recursos, já que preparar aula assim é atrativo mais dá trabalho. Então, dessa forma, vai “reinando” o tradicionalismo ainda, pois ele é mais prático.
            Não digo que devemos usar a todo tempo as novas tecnologias em nossas práticas pedagógicas, se isso acontecer como única forma de ensinar estaremos caindo na mesma rotina do uso do quadro e do giz. Devemos usar sim, os recursos diversificados para melhorar a nossa prática em sala de aula. Então, fazer esse curso faz-nos querer ser melhores profissionais, embora muito pouco esteja sendo colocado em prática devido a alguns problemas já citados, mas está apenas começando esse a inserção das TICs na escola. Com o tempo, inevitavelmente esse processo vai acontecer, naturalmente ou não.
            Alguns conteúdos básicos ensinados no curso talvez já fossem do conhecimento da maioria dos participantes, outros nem tanto, foram recursos novos e interessantes que podem ser usados com os estudantes.


Aprendendo “coisinhas” básicas sobre as TICs
Inicialmente, começamos pelo começo mesmo: conhecer a área de trabalho; aprender como abrir uma pasta, como colar algo nela; como pesquisar imagens na internet.
Teve um momento que aprendemos como abrir conta do Gmail, e também um ponto muito importante que foi como criar um blog. Na falta de tempo do cotidiano, eu tinha a necessidade desse recurso, mas ainda não tinha parado para aprender os passos para se formar um.
Não sei se aprendemos nessa ordem que estou relatando, mas aprendemos também usar o editor de texto Broffice. Muita coisa eu já tinha costume de fazer, mas foi explicado para salvar os escritos ou produções na extensão doc. para que pudessem ser abertos em sistemas que não fossem Linux entre tantas outras informações.  Na escola pude pedir para que os estudantes digitassem alguns textos produzidos previamente sobre o tema do projeto “Nosso Espaço Biodiverso: Plantas”, e uma aluna produziu um poema bem coerente com a nossa proposta de exposição no stand da turma: Natureza.
Outro recurso muito interessante que foi apresentado no curso, foi a orientação para o trabalho com a apresentação eletrônica, que embora eu já a usasse de vez em quando, sempre nos é apresentado algo novo. E sei que ainda tenho muito a aprender, pois minhas produções às vezes apresentam problemas. Mas veja essa, de um tema que eu gosto muito: Horta Orgânica.
Além de aprender um pouco sobre vários recursos disponíveis através das novas tecnologias, inclusive navegar pela internet; discutimos conceitos como mídias, hipertextos, e outros; estudamos textos de alguns teóricos (sobre o assunto) e suas propostas de dinamização do currículo/e da prática pedagógica através das TICs.

domingo, 29 de maio de 2011

Produção Orgânica e Qualidade de Vida

O consumo de alimentos orgânicos é muito saudável, pois tais alimentos são produzidos de maneira mais limpa, ou seja, sem o uso de adubos químicos e de agrotóxicos. A qualidade de vida das pessoas melhoraria muito se optassem por consumir esses produtos. Mas por outro lado, essa escolha custa caro e não cabe no orçamento de famílias que têm salários menores. Então o que fazer para manter a saúde através do consumo de bons alimentos, já que os mesmos são inacessíveis às pessoas com menos condições financeiras?
            Ser uma pessoa saudável não é apenas se alimentar de produtos de qualidade.  Para se ter uma boa saúde é necessário também que se associe à alimentação a prática de exercícios físicos, sem excesso, mas de forma equilibrada; e ainda procurar estar em harmonia consigo mesmo e com a natureza.
            Diante da necessidade de se ter bons alimentos, fazer atividades físicas e estar em harmonia com a natureza há uma excelente opção: que se plante pelo menos uma parte dos alimentos necessários ao consumo. E aí podem se considerar algumas vantagens bem relevantes para a saúde nesse ato de cultivar: a obtenção de alimentos confiáveis, pois foi o próprio consumidor que os produziu; alimentos com preços acessíveis, desde que se tente economizar água ou achar uma fonte alternativa (captação da água de chuva, por exemplo); a prática de atividades físicas, já que afinal plantar algo exige certo esforço do corpo; e finalmente o grande lance, que é a interação com a natureza, uma excelente terapia para a mente.
            Plantar uma horta orgânica não é difícil, basta um pouco de interesse em melhorar a qualidade de vida. Algumas ações precisam de que haja planejamento, por exemplo: escolher o lugar do plantio, pois o mesmo deve ser ensolarado; há também a necessidade de que se consiga algumas ferramentas básicas (enxada, pás, ancinho, regadores, etc.); é necessário ainda que o acesso à água seja o mais fácil possível; quanto ao adubo e defensivos, basta a boa vontade para consegui-los com custo mínimo ou até mesmos sem gastar absolutamente nada. E finalmente, é bom que o interessado no plantio esteja bem informado sobre produção orgânica e sobre as plantas que deseja cultivar.
A grande vantagem de produzir o próprio alimento é não usar nada, ou pelo menos usar o mínimo, do que é considerado nocivo à saúde (adubos químicos e agrotóxicos). Então, como adubar as plantas e como combater as pragas? É simples, é aconselhável que se use apenas produtos oriundos da natureza, ou seja, “o que não é natural” ou resultado da transformação das indústrias químicas deve ser evitado.
A adubação pode ser feita com esterco de origem animal (de bois, galinhas, cavalos) ou de origem vegetal (cascas, folhas, restos de vegetais crus, papel em pequena quantidade, etc.). É claro, que nos dois casos, o adubo orgânico deve ter sido bem curtido ou ter passado por uma compostagem.
Já no caso das pragas que podem atacar as plantas, o controle deve ser feito o mais naturalmente possível. Existem animais que são predadores de alguns insetos, então não se deve exterminá-los. Devem se plantar também várias espécies de plantas, pois umas se beneficiarão das outras, é o que se chama de consórcios, ou seja, associar plantas companheiras. Uma técnica também muito usada é a rotação de culturas, ou seja, quando se colhe uma espécie (folhosa, tubérculo, fruto) em um canteiro, se planta outra diferente, aproveitando melhor os nutrientes do solo e também “enganando” a ação dos insetos.  Então se percebe que a valorização da biodiversidade é muito importante no cultivo orgânico, tanto animal quanto vegetal. Quando há a presença de grande quantidade de animais (lemas, pássaros, etc.) que prejudicam o cultivo, deve catar ou espantá-los; se a infestação for por insetos, então deve se usar caldas feitas das próprias plantas ou aplicar defensivos autorizados no cultivo orgânico.
E finalmente, é preciso conhecer os produtos que ingerimos para melhorar a nossa alimentação. E que o preço de bons alimentos não seja um obstáculo para uma alimentação melhor e com mais qualidade. E se plantar uma horta pode trazer tantas vantagens para a nossa saúde e dignidade para o nosso espírito, então, vamos nos igualar aos “ricos”, pelo menos no que de mais sagrado possuímos: a vida!

Horta Orgânica e Equilíbrio

Cultivar uma horta orgânica é tudo de bom! Ou melhor, é como se fosse uma mágica. Em um início de século onde tudo parece estar correndo, a natureza sofrendo vários danos e o ser humano tendo cada vez mais doenças físicas e mentais, eis aí o grande barato: cuidar da terra, pois ela precisa “ser viva”, não lhe dando veneno e nem destruindo sua biodiversidade, seja vegetal ou animal; o homem podendo plantar e colher os frutos puros, que são sem dúvida excelente para o seu corpo; e os cultivadores desse “grande bem”, com certeza ganharão uma grande paz de espírito, que só pode acontecer com quem respeita a si, aos seus semelhantes e ao ambiente no qual convive.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Horta Orgânica

Pensar em horta orgânica é sinônimo de respeito ao meio ambiente e principalmente respeito ao próprio ser humano. Produzir alimentos que não use agrotóxicos (venenos) e nem adubo químico significa usar tecnologias limpas, ou seja, produtos que produzam o mínimo de impacto ambiental e que tenha a melhor qualidade possível na alimentação.